quarta-feira, 22 de julho de 2009

Banda de Música Ten. Djalma Ribeiro

BANDAS DE MÚSICA





É Ferreira nobre, em sua “Breve Notícia sobre a Província do rio Grande do Norte”, que nos dá a primeira informação sobre a existência de uma “BANDA MARCIAL”, com as seguintes palavras: “Ceará - Mirim” – “Tem uma Banda Marcial, que satisfaz na localidade ao duplo fim de sociedade recreadora e instrutiva, Há cerca de Cinco anos que se organizou.” (pg. 181).


O livro de Ferreira Nobre foi escrito e publicado em 1877, logo a fundação da “BANDA”, deve ter ocorrido em 1872.
Vê-se que a banda marcial, que outra coisa não era, senão uma BANDA DE MÚSICA, também estava integrada na campanha de instrução.


Mas as Bandas de Música, daí por diante, sempre existiram na cidade. Lembramo-nos muito bem, da recepção feita ao Presidente da República, Dr. Afonso Penna, quando, em 1907, foi inaugurar a estação da estrada de Ferro Central, quando Duas Bandas Ceara-minenses tocavam ao lado de uma grande Banda de Música, procedente de um vaso de guerra, ancorado no porto de Natal.


Eram as Bandas locais afeiçoadas ás correntes políticas. A Banda “13 de Maio”, dirigida pelo maestro Prisco Rocha, Bandeava para a oposição, enquanto a Banda “12 de Outubro” acompanhava o governo e era dirigida pelo maestro Venerando Cocentino.

Muitas vezes assistimos, por ocasião das festas da padroeira de N. S. da Conceição, em Oito de dezembro de cada ano, a disputa ardorosa dessas duas instituições musicais, em cada uma desejava superar a outra, na quantidade e na qualidade das “peças” exibidas.


E a população se dividia na torcida, como hoje se torna no futebol. Para terminar a contenda, era necessário que alguém de influência aparecesse e rogasse o recolhimento, do contrário permaneceriam na porta da Igreja até uma só vez, uma para um lado e outra para o outro. Nenhuma queria ficar por último.


Os músicos mais importantes da cidade foram: PRISCO ROCHA que escreveu vários dobrados, valsas, etc., que “O Malho”, do Rio selecionou e publicou em suas paginas, JOSÉ NEPOMUCENO BARBOSA, o Zeca, que dirigiu a Banda de Música do 29° Batalhão de Caçadores, sediado em Natal e que recebeu no Paraná a oferta de uma batuta de ouro, da sociedade de Ponta Grossa, quando o referido batalhão ali esteve no combate aos revoltosos de 1922, e afinal: HERMÍNIO NEPOMUCENO BARBOSA, que dirigiu várias orquestras nos cinemas do Rio e no lede Brasileiro, antes do advento do rádio.


“Em 1937 foi erigido um coreto público, em frente à Matriz de N Sª. da Conceição, centro dos festejos e das disputas musicais, construído pelo autor” (já demolido).

Como vimos a historia de nossas raízes musicais, não podemos acreditar que em plena véspera de uma das festas mais esperadas de nosso ceará - mirim, ficaremos sem a apresentação de nosso representante maior que é nossa “BANDA DE MÚSICA, QUE HOJE TEM COMO NOME, UM DOS MAIORES MÚSICOS DE NOSSA HISTORIA O CONCEITUADO TEN. DJALMA RIBEIRO”.


Lamentável!... Hoje somos reféns de uma cultura defasada e hipócrita, como nossos filhos conhecerá a cultura musical de nosso ceará mirim? Como relatar em nossas próximas edições esta lacuna que se encontra a nossa querida Banda de Música?... Hoje chamada: “BANDA DE MÚSICA TEN. DJALMA RIBEIRO”.





Com a Palavra os Governantes

2 comentários:

Junior disse...

Historia linda que uma pessoa só destruiu só pele um tempo por que a ávida anda quem planta o mal colhe o mal é, esse prefeito esta acabado com Ceará – Mirim eu sou um senhor de com 50 nos e nuca vi isso que esta si passando com Ceará – Mirim.

Anônimo disse...

Esperavamos uma coisa e estamos vendo outra, lamentavel mais a cultura perde muito com a desativação da Banda de Música.
Como sera o futuro de nossas crianças que aplaudiam quando a banda passava.